Alguns de meus melhores contos começaram com um nome, nos dias mais inspirados estou eu deitada no sofá brincando com os cães ou com o gato e PAH! Eis que surge um substantivo próprio que logo vai sendo moldado, tomando forma e vida em minha mente, ganhando uma trajetória que não necessariamente será muito bonita, porque não crio minhas personagens para serem felizes, ou heróicas, elas nascem para viver e vivencia não quer dizer exatamente felicidade, ou dor, ou perfeição, é um pouco de tudo, é um mix de sentimentos e sensações, trepar é bom mas mijar também é, se é que me entendem, quero dizer que não gosto de nada aos pedaços, a personagem é um todo, começa com um nome, o tal do substantivo próprio, mas quero muito mais do que isso para ela, eu quero que ela sinta como eu sinto, veja através dos meus olhos e eu dos dela.
Hoje durante o banho lá estava eu, com uma vontade de inventar uma vida sem saber por onde começar, sabonete sendo esfregado no corpo, garrafa de vinho ao lado no chão e por bem pouco ao me lavar intimamente com o chuveirinho não deixei cair água dentro dela, coloquei-a sobre o porta sabonetes e continuei me massageando, brincando com a água jogando pequenos jatos na boca, no buraquinho do umbigo e de novo na boca. O barulho do chuveiro me relaxa, aquele vapor todo me abre a mente, meus banhos são demorados, enquanto me lavo eu posso criar um mundo, e pouco me importa que se acabe a água do planeta, não sei nem se eu não estarei acabada até amanhã, alem do mais naquele banho especialmente eu precisava de uma historia, criar mundos para mim é algo tão excitante e do qual sou tão dependente quanto dependo e respiro minha sexualidade. Em dias de tédio me masturbo em média cinco vezes e escrevo muita coisa, então...a economia dos recursos naturais que vá à merda, eu precisava apenas de um nome, um nomezinho qualquer, medíocre que fosse, feio, repugnante, brega...um único substantivo próprio e então começaria a festa, mas nada acontecia. Eu já estava quase desistindo e preste a me encostar na parede fria de azulejos encardidos e me masturbar pensando em cinco homens velhos que só existem em meu imaginário com suas rolas descomunais e devoradoras, eles já estavam quase chegando, babavam...mas fui salva, quando de repente aquele nome apareceu. Vi até aquela lampadazinha comédia que ilustra nos programas bobos de tv e nos desenhos animados o momento exato em que surgi uma grande idéia, e foi como se eu escutasse uma voz dizendo:
_ Leslie Brokerson
Pensei:
Leslie Brokerson? Mas que porra de nome é esse?! Quem pode se chamar Leslie Brokerson?
Frustrei. Parecia mais uma piada de minha mente insana, aquilo não era um nome, era uma ofensa. Leslie até que era mediano, certa vez conheci uma Drag Queen que usava esse codinome, porém o Brokerson era de lascar. Talvez uma travesti de quinta daquelas magricelas com cara de macho e peitinho de silicone industrial pudesse usar esse palavrão, porém só no começo da carreira, depois descobriria que seu nome artístico era uma bosta e escolheria então outro melhor ou até pior, ela teria um namorado, ou um marido fortão, um cachorro que dormiria na sala de seu apartamento, teria samambaias penduradas pelo teto de sua morada, seria ótima na cozinha, seus shows com o passar dos anos se tornariam reconhecidos no exterior, e...sim, é isso!
Leslie Brokerson... nasceu!
Filha de um operário e uma dona de casa idiota, dividiu seu quarto na infância com mais dois irmãos, não...não rolava sacanagem entre eles, Dino se casou e se separou por duas vezes e adora mulheres vulgares, quanto a Heleno é hoje ministro da eucaristia em sua paróquia ao lado da esposa Doralice, uma gorda negra que depois de chegar aos 37 anos de idade resolveu que não devia mais continuar com os dentes da frente separados, passaria um prego pelo vão daqueles dentões brancos da balofa e por isso ela começou a usar aparelho ortodôntico, é provável que com o beiço daquele tamanho e tanto ferro na boca ela corte a pica do marido na hora de fazer sexo oral, talvez ela nem possa mais mamar uma benga, mas falávamos sobre Leslie e a falta de responsabilidade dos irmãos sobre sua opção sexual e não sobre a beata arromabada.
Ela nasceu assim, ou melhor...ele nasceu assim, Eduardo, Eduardinho para a família, e todos sempre o amaram até descobrirem que ao invés de xaninhas e tetinhas empinadas, o caçula da casa, gostava mesmo é de piroca.
Ainda pivete olhava os coleguinhas durante o banho no vestiário depois das partidas de futebol, não tinha coragem de se aproximar, mas sentia desejo, batia punheta no caralho que era avantajado para um menino tão novo, socava rápido pensando em outros que assim como ele também eram meninos. Já havia visto algumas imagens de sexo entre homens no verso das fitas de vídeo na sessão de pornô da locadora de seu tio Peterson o que o inspirava em sua masturbação. A historia de L. Brokerson engrenou a partir do momento que tomou coragem e roubou uma das fitas sem que o titio Peter notasse, esperou ansioso por dias até que pode assistir num momento de segurança em que não correria o risco de ser flagrado. Os pais haviam viajado e os irmãos estavam perdidos pela rua fodendo garotas safadas. Ele colocou a fita no videocassete, pegou um copo e virou um pouco do conhaque que ficava escondido em baixo da pia da cozinha, de vez em quando sua mãe bebia para esquecer os problemas e os chifres postos em sua cabeça pelo pai de Eduardo, o operário mulherengo nunca foi fiel à esposa, sempre precisou comer varias bucetas alem da dela, era como se aquilo o tornasse mais homem e ela nunca deixou de amá-lo entretanto, o filho mais novo se ressentia ao ver sofrer calada sua genitora estúpida e apaixonada.
_ Bendito seja o filme
O moleque pensou, aquelas cenas mudaram sua vida, viu homem bebendo porra, caras másculos sendo enrabados e travestis lindíssimas de rolas duríssimas e avantajadas comendo e sendo comidas e se identificou com o estilo na hora, viu que seria uma mulher de caralho, dotada e se possível bonita.
Foi na entrada da adolescência, um período difícil, no qual os fedelhos engrossam a voz e começam a ter muitos pelos, que Eduardo o menino de pele lisa e que afinava o timbre ao falar provou sua primeira jorra, ele tinha acabado de completar de 13 anos.
Durante as comemorações de seu Décimo Terceiro aniversario Eduardinho não mais se contendo e necessitado de um macho ouviu uma vizinha revoltada dizendo para sua mãe:
_ Sabe onde meu marido deve estar a essa hora?
_ Nem imagino.
_ Na casa do Otelo.
_ Otelo?
_ Sim os ex-marido da Dora, que dava aula de matemática, aquele velho bêbado que as crianças chamam de Papai Noel. A casa dele vive cheia de puta, aquelas do Labamba e agora o Claus vive lá, enfurnado naquele antro.
_ Mas o que ele fica fazendo por lá?
_ Deve ta comendo uma daquelas vadias, diz que o velho já comeu todas e não fica só nas putas, come os veados que aparecem também, fiquei sabendo que o filho pegou ele comendo aquela bicha professor de dança que mora na vila, como é mesmo o nome dele?
_ Alex.
_ Isso mesmo, o Alex, parece que o Otelo come até ele, velho sujo desgraçado! Só queria que se afastasse do meu marido, deve ta arrumando puta para o Claus tenho certeza, certeza! E olhe lá se não arrumar veado.
Leslie ouviu tudo em silencio, estava se lixando para quantas putas o marido de Alice estava traçando, gostou mesmo foi da segunda informação, o “Papai Noel” também curtia homens. Na manhã seguinte depois que todos saíram para o trabalho Eduardinho atravessou a rua e tocou a campainha da casa de Otelo.
_ Já vai!
Alguém gritou lá de dentro. Cinco minutos depois apareceu uma mulher na porta, uma ruiva cheia de sardas de aproximadamente Quarenta anos, estava meio rodada, mas devia ser puta como todas que freqüentavam aquele lugar, usava uma blusinha velha preta desbotada com alças esgarçadas e uma calcinha de renda branca, estava descalça e fumava um cigarro fazendo pose, se encostou ao lado da porta e falou:
_ O que manda garotinho?
Sem saber o que dizer o menino-menina falou a primeira coisa que lhe veio à mente.
_ Gostaria de falar com o Professor Otelo, soube que ele não da mais aulas, mas preciso de um reforço em matemática, eu posso pagar.
Espantada a prostituta gritou virando se para dentro da casa:
_ Hey Raquel ouviu essa?
De fora não dava para ver o que a outra gesticulou e nem ao menos ouvir o que respondeu, mas a anfitriã continuou:
_ Tem um moleque aqui dizendo que o Otelo é professor, vê se pode!
Em seguida, apareceu um tipo estranho usando uma cueca larga e uma camisa azul estampada com rosas vermelhas, faltavam muitos botões na camisa que parecia de seda, tinha uma barba branca que quase lhe alcançava o peito e os cabelos meio cumpridos da mesma cor pareciam feitos de neve. Otelo... quase um cover do Papai Noel, fumava um cigarro vagabundo contrabandeado e falou com ele no canto da boca sem precisar equilibrá-lo com as mãos:
_ Qual que é Pintadinha? Ta me zuando? Sou professor e dos bons, só parei porque...porque educar é uma merda, sabe como é que é né? O mundo é filho da puta e nada vale a pena só beber e trepar...mas o que que ta pegando?!
_ Esse menino veio te procurar, disse que precisa de aulas de matemática.
Ele olhou para o jovenzinho e indagou:
_ Você tem grana rapaz?
Eduardo mostrou algumas notas tiradas do bolso e a garrafa de conhaque ainda quase cheia que ele havia roubado de sua mãe, havia prestado atenção ao dialogo da noite anterior, a vizinha repetiu varias vezes que Otelo era bêbado, com certeza gostaria de um trago pela manhã.
O velho que aparentava ter algo em torno de 70 anos deu uma risada e mostrou o dente de ouro que substituía o canino direito.
_ Vamo lá, pode entrar, só cuidado para não pisar no vomito que ta no meio da sala, Raquel ainda não se recuperou para limpar nem a própria merda quanto mais a própria gorfada.
A mulher que atendeu a campainha se assanhou, deu um pulo e tomou a garrafa da mão de Leslie dizendo:
_ Huhu! Passa isso para cá benzinho e cuidado p/ não pisar no vomito, está bem ali oh.
No sofá estava estirada uma morena de cabelos crespos completamente nua que devia não ter completado nem 20 primaveras se quer, era Raquel, uma das fêmeas de Otelo, a outra, a ruiva, se chamava Rose, porem o professor excêntrico só a chamava de Pintadinha, era baixinha e de pernas batatudas, tinha o rosto corroído pela acne que a atacou ferozmente na juventude, só estava ali porque era uma das mais fogosas que o coroa já havia visto na cama, na noite em que a conheceu viu seu rabo ser penetrado por duas rolas pretas, fortona a Pintadinha, cachorra ao extremo.
“Papai Noel” subiu uma escada barulhenta abriu a porta de seu quarto e disse a Eduardo:
_ Entre.
O menino entrou e em seguida o velho fechou a porta.
_ Quem me indicou para você? Ninguém nesse bairro gosta de mim.
_ Foi...foi a mulher de um amigo seu.
_ Amigo? Que amigo?
_ O Claus.
_ Claus?! Aquele filho da puta me deve 30 pilas! Fodeu uma de minhas garotas e saiu como se nada tivesse acontecido, comeu uma das minhas!
_ Sinto muito.
_ O que você disse?
_ Que sinto muito.
_ Sente? Sente porra nenhuma moleque! E para começo de conversa você está mentido, nenhuma mulher de amigo meu falaria bem de mim. É melhor dizer logo o que quer de verdade. Você quer uma puta não é? É cabaço e quer uma trepada educativa? Bem... ainda é de manhã e essas duas que você viu são minhas, tenho uma dormindo na cozinha, mas acho que ta suja de bosta, dizem que deu o rabo até cagar na noite passada, você já deve ter visto ela por aí, é uma mocinha bonita que parece índia, neta da Rose, ta começando agora, é só ela tomar um banho e já ta boa, ou você prefere uma mais experiente, tipo a Pintada?
Estática Leslie respondeu:
_ Senhor eu não vim até aqui atrás de mulheres.
Espantado Otelo disse:
_ Não?!
_ Não.
_ Então o que você quer?
_ Posso ser honesto?
_ Mas claro oras!
_ Soube que o Senhor também sai com veados...
_ Mas que porra é essa?!
Assustado com a reação do velhote o menino se contraiu e pediu:
_ Por favor tenha calma Senhor, só estou dizendo o que ouvi.
_ Então é isso que andam falando de mim por aí? Que ando comendo cu de macho é isso?
_ Sim.
_ E o que você tem a ver com isso para vir aqui com esse assunto? Por acaso você é bichinha e veio aqui para ver se eu como seu cuzinho é?
_ Na verdade...
Leslie Brokerson corou.
Notando que a razão de ter sido procurado por Eduardo era realmente aquela, Otelo se levantou de sobressalto da cama da qual estava sentado e atravessou o quarto como um raio até uma garrafa de uísque gritando:
_ Oh céus! Que merda é essa? Moleque você veio mesmo aqui para isso!
As putas, que escutavam tudo com o ouvido colado atrás da porta, gargalharam alto.
_ Saiam daqui suas biscates antes que eu arrebente vocês!
Foram obedientes, correram pelo corredor e desceram a escada. Então jogado em uma poltrona vermelha o velho bêbado continuou:
_ Garoto sai dessa, se você quiser eu te arrumo de graça um brotinho daqueles e você vai se amarrar, uma bucetinha cor de rosa ãn? O que acha hein meu bom? Arrumo xoxotas largas e apertadas, você escolhe.
Desolado...Eduardo disparou a chorar, falava entre soluços lamurias quase que incompreensíveis:
_ Eu...quando mais velho cabelo grande e salto... _ chorava mais e continuava _ No filme...dois caras... eu queria... eu só queria saber como é... pau pau _ chorou mais um pouco e _ pau pau pau. _ chorou mais e _ pau!
Otelo já havia realmente comido alguns caras, Alex, Victor, a travesti Manuela e muitos outros, mas foder aquele rapazinho parecia covardia mesmo em tempos nos quais não rolava toda essa putaria de pedofilia, na época em que algumas mulheres ainda se casavam aos 15, porque para mim é uma putaria considerar crime uma coisa dessas, eu sabia muito bem o que estava fazendo aos 14 com meu namoradinho da época e confesso...eu gozava para valer no pau dele, mas Leslie...tinha um corpo franzino e raquítico, o matemático gigolô sentia medo de quebrá-lo, mas vendo o desespero do menino resolveu consola-lo de algum modo. Tirou o caralho comprido e mole para fora da cueca e chamou:
_ Guri vem aqui, eu vou te ensinar uma coisa e então se você aprender é porque é realmente veado, leva jeito e quando é assim...não tem jeito, aí depois eu como seu rabo se der vontade.
Eduardinho caminhou apressado, os olhos brilhavam, o velho disse:
_ De joelhos.
Ele se ajoelhou e Otelo o segurou pelos ombros e deu um tapinha na cara dele ajeitando-o.
_ Assim...bem de frente para a minha rola, agora coloca na boca e começa a chupar como se fosse a coisa mais gostosa que você já teve dentro dela, para cima e para baixo, às vezes lambendo como sorvete, com carinho hein baby, se fizer direitinho ganha leitinho no final.
Havia um pouco de liquido na ponta que não dava para definir se era mijo, porra ou infecção, o menino colocou na boca sem nenhum medo ou nojo, nunca havia feito aquilo, apenas visto no filme, mas se não fosse tão jovem...ninguém acreditaria que era principiante, logo a rola ficou dura, Eduardo lambeu, chupou, gemeu, babou...O velho puto Otelo fodedor de qualquer coisa também gemeu, o garoto mamou até os seus bagos, o caralho de L. Brokerson estava quase explodindo e ela gozou na cueca e nas calças de brim bege sem graça, o professor esporrou em sua boca, bateu com o cacete em seus lábios, fez uma bagunça...e disse.
_ Fora daqui sua bicha!
Do lado de fora as meninas...que se foda o fato de já serem mulheres acho mais lírico chamar putas de meninas, mas enfim...novamente escutando atrás da porta elas ouviram tudo que aconteceu e mais uma vez gargalharam, uma delas até gritou:
_ Otelo seu velho desgraçado comedor de veados!
E mais risadas.
O garoto saiu correndo. Rose berrou:
_ Não liga não neném, ele sempre expulsa a gente do quarto dele depois que goza, seja mulher, ou seja bicha, tanto faz, ele é louco!
O menino deu um sorriso aliviado . Deslumbrado ele deixou o portão aberto ao sair, estava nas nuvens...foi embora, mas voltou, muitas vezes mais, até que um dia ficou de vez.
Quando completou 18 anos Eduardo resolveu se assumir como Leslie e os pais a expulsaram de casa. Otelo a recebeu e foram amantes até dia em que ele morreu, 8 de Julho de 1993, ela então partiu para Europa com Raquel e Ofélia a neta de Rose que há aproximadamente 2 anos havia se casado com um português que tinha tesão em ser corno e se tornou dona de um restaurante em Portugal.
Por algum tempo Eduardinho que já nem se lembrava mais desse nome fez alguns shows no estabelecimento da amiga, depois foi convidado para se apresentar em uma boate na Itália e foi quando conheceu um engenheiro francês com quem se casou e abriram uma casa de shows em Paris.
Leslie Brokerson tornou-se reconhecida por seu talento, investiu na beleza e na feminilidade, Estephan seu marido a amava com loucura e devoção, era todas as manhãs acordada com chantilly e morangos, ficou linda e loira e sim... ela foi feliz para sempre, com outro nome é claro, hoje ela atende por Romena Kallatu, porque Leslie Brokerson...ninguém merece, mas ela foi feliz para sempre, porque eu quis assim.
Não prometo felicidade para todas as minhas personagens, mas para algumas... até que da para arranjar e ah... já ia me esquecendo de dar créditos a quem batizou Eduardo com o nome que deu inicio a tudo. Leslie Brokerson... só poderia ter saído da cabeça de Otelo aquele verme caralhudo, ele sussurrava enquanto gozava na boca dela, ou deveria dizer dele? Já nem sei mais, só sei que o velho falava baixinho:
_ Vai Leslie, minha menina... Leslie Brokerson... minha chupadorazinha de caralho, minha menininha...
E a porra ia saindo do pau, jorrando branca e grossa enquanto eu acabei não me masturbando durante o banho, mas gozei... de uma outra forma.